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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

TRABALHANDO OS CONTOS

Boa noite, para ilustrar as histórias de Contos de Fada, Bruxas, Princesas e Castelos Encantados aprendi a confeccionar um castelo de rolinhos de papel toalha e de papel higiênico

MATERIAL

- 2 rolos de papel toalha
- 2 rolos de papel higiênico
- 1 caixa de remédio ( xárope ou similar ao tamanho )
- Cola quente
- Tinta branca para cobrir o fundo
- Tinta da cor que você desejar
- Cartolina

COMO FAZER

- Pinte todos os rolinhos de branco para esconder o fundo, depois de bem seco passe a cor preta se for um castelo da bruxa malvada.
- Corte os rolos de papel higiênico (FOTO) para dar idéia de um castelo.
- Faça a torre do castelo com a cartolina cortando um circulo de 11 cm de diâmetro.
- Cole os rolinhos usando cola quente, desenhe ou cole papel colorido para fazer as janelas e portas.

 Queridas professoras além da história que as crianças irão ouvir não esqueçam que, com este material podemos explorar a matemática e as formas geométricas.

Melhor ainda se as crianças puderem fazer com o auxilio da professora.

Beijocas

domingo, 30 de outubro de 2011

INTELIGÊNCIAS MULTIPLAS

cerebro 01
Boa tarde pessoal, ontem começamos a Pós em Neuropscopedagogia, foi super interessante, tivemos a oportunidade de estar aprendendo sobre a teória das Inteligências Multiplas e após a aula o professor pediu para elaborarmos um Projeto sobre o tema.


A teoria das inteligências múltiplas foi proposta por Howard Gardner em 1983 para analisar e descrever melhor o conceito de inteligência .
Gardner afirma que o conceito de inteligência como tradicionalmente definido em psicometria (testes de QI) não é suficiente para descrever a grande variedade de habilidades cognitivas humanas. Por exemplo, a teoria afirma que uma criança que aprende a se multiplicar facilmente não é necessariamente mais inteligente que uma criança que tenha habilidades mais forte em outro tipo de inteligência. A criança que leva mais tempo para dominar uma multiplicação simples. 1) pode aprender melhor a multiplicar através de uma abordagem diferente, 2) pode ser excelente em um campo fora da matemática, ou 3) pode até estar a olhar e compreender o processo de multiplicação em um profundo nível fundamentalmente. Fundamentalmente, uma compreensão mais profunda pode resultar em lentidão que parece e pode esconder uma inteligência matemática potencialmente maior que a de uma criança que rapidamente se memoriza a tabuada, apesar de uma compreensão menos detalhada do processo de multiplicação.
A teoria foi recebida com reações mistas. Muitos psicólogos consideram que existe uma diferença entre o conceito de inteligência não é suportado pelo prova empírica , mas muitos educadores apoiam o valor prático das abordagens sugeridas pela teoria.rmos um Projeto sobre o assunto.

Wikipédia.

sábado, 29 de outubro de 2011



Howard Gardner Photograph

 
QUASE POR DEFINIÇÃO, LÍDERES SÃO PESSOAS QUE MUDAM MENTES.
(Howard Gardner)



Estudando a Teoria das Inteligências Múltiplas, vem de encontro com o que eu sempre acreditei e

QUASE POR DEFINIÇÃO, LÍDERES SÃO PESSOAS QUE MUDAM
Howard Gardner Photograph
MENTES.( Howard Gardher)

© 2008 R. Sepulveda

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

INTERVENÇÃO PEDAGOGICA


 Quando os professores relatam que o fato da "família não ir bem" influencia o desenvolvimento escolar dos alunos, estão certamente, imbuídos de razão. Porém, apenas diagnosticar as dificuldades dos pais, providenciará um maior afastamento da família, pois os professores é que são especialistas em educação. A construção da parceria enquanto uma relação de cooperação entre as instituições família e escola, implica em colocar-se no lugar do outro, e não apenas na troca de idéias ou favores, como aquela colaboração tão conhecida do pai que envia à escola uma contribuição mensal, e a prenda para a festa junina. O propósito é que essa parceria se construa através de uma intervenção planejada e consciente, em que a escola possa criar espaços de reflexão e experiências de vida numa comunidade educativa, estabelecendo acima de tudo a aproximação entre as duas instituições. Reforça-se então, a necessidade dos educadores dispensarem alguns momentos da sua formação, para refletirem e reconstruírem essa relação.



Bom dia pessoal, adaptei esse material para estimular meu aluno (PC) a fazer movimentos com as mãos. É bem simples de ser confeccionado.

MATERIAL

1 caixa de leite higienizada, lixa fina, tinta branca, tinta verde, tinta vermelha, EVA, tesoura de picotar, olhos que podem ser comprado pronto e cola quente.

COMO FAZER

Lave bem a caixa de leite, depois de seca lixe toda a caixa com uma lixa fina, corte a caixa de forma que possa encaixar a mão como se fosse um fantoche, pinte a caixa de branco para esconder o fundo da embalagem e depois é so usar a cor que você desejar, cole os olhos usando cola quente.
 Para dar a idéia de uma boca use tinta vermelha do lado de dentro, com o EVA faça as sombrancelhas e os dentes usando tesoura de picotar.
Converse com o responsável pela criança, explicando para que serve e como usar o material.
Isso ajudará a obter melhores resultados no seu desenvolvimento motor.
É legal lembrar que o idéal é confeccionar dois para que o aluno tenha um em sala de aula e outro para levar para casa.
Se o seu aluno tiver baixa visão, use cores fortes como amarelo e o roxo.


Postado por Raquel C. Fernandes

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

AFETIVIDADE NA APRENDIZAGEM



Questões ligadas ao processo de ensino e aprendizagem relacionadas a métodos, teorias e práticas fazem parte da rotina cotidiana da prática em sala de aula, porém poucas são as vezes em que se discutem e estudam a relação professor/aluno: afetividade e autoestima como referência para o sucesso da e na aprendizagem. Refletindo sobre a prática docente em sala de aula e os resultados positivos alcançados com alunos caracterizados como “indisciplinados” e ou “portadores de necessidades especiais”, conseguintemente com grandes dificuldades na aprendizagem, surgiu a relevância em desenvolver uma pesquisa bibliográfica sobre o tema e, após leituras, análises e comparações entre teoria e prática, foi possível verificar e confirmar de forma clara e objetiva a importância da relação entre professor e aluno baseada na afetividade vivenciada através do respeito mútuo, na confiança da capacidade do aluno e no estímulo dado por meio do elogio e da persistência em tentar, aceitar o erro e a partir dessa interrelação promover o resgate da autoestima, conquistar e consolidar a aprendizagem, sem no entanto colocar de lado o comprometimento profissional de uma prática efetiva de autoridade e capacitação do professor.

EQUOTERAPIA EM OTACÍLIO COSTA

Bom dia, a APAE de Otacílio Costa junto com a equipe multidicisplinar apresentou ontem 25/10/2011 as 19:00 horas o Projeto de Equoterapia, onde foi esclarecido a importância dessa terapia para crianças com necessidades especiais.
Durante a apresentação do Projeto pudemos aprender que a andadura do cavalo imprime movimentos tridimencionais ou seja, para cima, para baixo, para um lado, e para outro e para frente e para trás, estimulando o controle motor global, a independência, a auto-estima dentre outros benefícios.
Parabéns a todos os profissionais envolvidos nessa nova abordagem terapêutica, que com toda certeza vem para somar a melhoria das crianças e adultos com deficiências.
Penso que essa poesia retrata a alegria de uma criança no dorso de um cavalo.


A trote no teu
cavalo da fantasia
és livre, como ninguém
Cortas o vento
não és frágil!
e voas nessa viagem
mais longe que o firmamento
No seu dorso sobes
ao cume da felicidade
Por conta desta amizade
até teus olhos sorriem
Eu sei que ainda te lembras
do dia em que o recebeste
e quando o acariciaste
logo balbuciaste:
É meu!
Vai chamar-se “poesia”

                                      (   Maria Fernanda Reis )

  1. Crianças com dificuldades de aprendizagem apresentam melhoras com Equoterapia

Por: Mariana Rosati

Centro de Equoterapia

“Cavalos são animais que têm cinco corações: o de verdade e outros quatro representados por cada uma de suas patas.” A observação é da pedagoga Maisa Maffini, responsável pelo atendimento de várias crianças no Centro de Equoterapia, que funciona nas dependências da Sociedade Hípica de Goiânia. É lá que meninos e meninas portadores de necessidades especiais ou com dificuldades de aprendizagem encontram no cavalo um aliado para sua terapia.

  1. Em sessões de 30 minutos, uma ou duas vezes por semana, as crianças desenvolvem a coordenação motora, a auto-estima, a movimentação corporal e ainda participam de atividades lúdicas e brincadeiras de cunho pedagógico. Tudo com o auxílio de profissionais das áreas de saúde e educação, além de equitadores


Postado por
Profª Raquel C. Fernandes

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O PROFESSOR INOVADOR E REFLEXIVO


 

 


O professor pesquisador e reflexivo

Nome: Antonio Nóvoa

Formação: Doutor em Educação e catedrático da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa.

Alguns livros publicados:
- Vida de professores. Porto, Portugal.
- Profissão professor. Porto, Portugal.
- Os professores e sua formação. Lisboa, Dom Quixote, 1992.
- As organizações escolares em análise. Lisboa, Publicações D. Quixote, 1992.


O paradigma do professor reflexivo, isto é, do professor que reflete sobre a sua prática, que pensa, que elabora em cima dessa prática, é o paradigma hoje em dia dominante na área de formação de professores. Por vezes é um paradigma um bocadinho retórico e eu, um pouco também, em jeito de brincadeira, mais de uma vez já disse que o que me importa mais é saber como é que os professores refletiam antes que os universitários tivessem decidido que eles deveriam ser professores reflexivos. Identificar essas práticas de reflexão – que sempre existiram na profissão docente, é impossível alguém imaginar uma profissão docente em que essas práticas reflexivas não existissem – tentar identificá-las e construir as condições para que elas possam se desenvolver .

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Entrevista com Antônio Nóvoa

Salto: Professor, o que é ser professor hoje? Ser professor atualmente é mais complexo do que foi no passado?

Nóvoa: É difícil dizer se ser professor, na atualidade, é mais complexo do que foi no passado, porque a profissão docente sempre foi de grande complexidade. Hoje, os professores têm que lidar não só com alguns saberes, como era no passado, mas também com a tecnologia e com a complexidade social, o que não existia no passado. Isto é, quando todos os alunos vão para a escola, de todos os grupos sociais, dos mais pobres aos mais ricos, de todas as raças e todas as etnias, quando toda essa gente está dentro da escola e quando se consegue cumprir, de algum modo, esse desígnio histórico da escola para todos, ao mesmo tempo, também, a escola atinge uma enorme complexidade que não existia no passado. Hoje em dia é, certamente, mais complexo e mais difícil ser professor do que era há 50 anos, do que era há 60 anos ou há 70 anos. Esta complexidade acentua-se, ainda, pelo fato de a própria sociedade ter, por vezes, dificuldade em saber para que ela quer a escola. A escola foi um fator de produção de uma cidadania nacional, foi um fator de promoção social durante muito tempo e agora deixou de ser. E a própria sociedade tem, por vezes, dificuldade em ter uma clareza, uma coerência sobre quais devem ser os objetivos da escola. E essa incerteza, muitas vezes, transforma o professor num profissional que vive numa situação amargurada, que vive numa situação difícil e complicada pela complexidade do seu trabalho, que é maior do que no passado. Mas isso acontece, também, por essa incerteza de fins e de objetivos que existe hoje em dia na sociedade.

Salto: Como o senhor entende a formação continuada de professores? Qual o papel da escola nessa formação?

Nóvoa – Durante muito tempo, quando nós falávamos em formação de professores, falávamos essencialmente da formação inicial do professor. Essa era a referência principal: preparavam-se os professores que, depois, iam durante 30, 40 anos exercer essa profissão. Hoje em dia, é impensável imaginar esta situação. Isto é, a formação de professores é algo, como eu costumo dizer, que se estabelece num continuum. Que começa nas escolas de formação inicial, que continua nos primeiros anos de exercício profissional. Os primeiros anos do professor – que, a meu ver, são absolutamente decisivos para o futuro de cada um dos professores e para a sua integração harmoniosa na profissão – continuam ao longo de toda a vida profissional, através de práticas de formação continuada. Estas práticas de formação continuada devem ter como pólo de referência as escolas. São as escolas e os professores organizados nas suas escolas que podem decidir quais são os melhores meios, os melhores métodos e as melhores formas de assegurar esta formação continuada. Com isto, eu não quero dizer que não seja muito importante o trabalho de especialistas, o trabalho de universitários nessa colaboração. Mas a lógica da formação continuada deve ser centrada nas escolas e deve estar centrada numa organização dos próprios professores.

Salto: Que competências são necessárias para a prática do professor?

Nóvoa – Provavelmente na literatura, nos textos, nas reflexões que têm sido feitas ao longo dos últimos anos, essa tem sido a pergunta mais freqüentemente posta e há uma imensa lista competências. Estou a me lembrar que ainda há 3 ou 4 dias estive a ver com um colega meu estrangeiro, justamente, uma lista de 10 competências para uma profissão. Podíamos listar aqui um conjunto enorme de competências do ponto de vista da ação profissional dos professores.

Resumindo, eu tenderia a valorizar duas competências: a primeira é uma competência de organização. Isto é, o professor não é, hoje em dia, um mero transmissor de conhecimento, mas também não é apenas uma pessoa que trabalha no interior de uma sala de aula. O professor é um organizador de aprendizagens, de aprendizagens via os novos meios informáticos, por via dessas novas realidades virtuais. Organizador do ponto de vista da organização da escola, do ponto de vista de uma organização mais ampla, que é a organização da turma ou da sala de aula. Há aqui, portanto, uma dimensão da organização das aprendizagens, do que eu designo, a organização do trabalho escolar e esta organização do trabalho escolar é mais do que o simples trabalho pedagógico, é mais do que o simples trabalho do ensino, é qualquer coisa que vai além destas dimensões, e estas competências de organização são absolutamente essenciais para um professor.

Há um segundo nível de competências que, a meu ver, são muito importantes também, que são as competências relacionadas com a compreensão do conhecimento. Há uma velha brincadeira, que é uma brincadeira que já tem quase um século, que parece que terá sido dita, inicialmente, por Bernard Shaw, mas há controvérsias sobre isso, que dizia que: “quem sabe faz, quem não sabe ensina”.

Hoje em dia esta brincadeira podia ser substituída por uma outra: “quem compreende o conhecimento”. Não basta deter o conhecimento para o saber transmitir a alguém, é preciso compreender o conhecimento, ser capaz de o reorganizar, ser capaz de o reelaborar e de transpô-lo em situação didática em sala de aula. Esta compreensão do conhecimento é, absolutamente, essencial nas competências práticas dos professores. Eu tenderia, portanto, a acentuar esses dois planos: o plano do professor como um organizador do trabalho escolar, nas suas diversas dimensões e o professor como alguém que compreende, que detém e compreende um determinado conhecimento e é capaz de o reelaborar no sentido da sua transposição didática, como agora se diz, no sentido da sua capacidade de ensinar a um grupo de alunos.

Salto: O que é ser professor pesquisador e reflexivo? E, essas capacidades são inerentes à profissão do docente?

Nóvoa – O paradigma do professor reflexivo, isto é, do professor que reflete sobre a sua prática, que pensa, que elabora em cima dessa prática é o paradigma hoje em dia dominante na área de formação de professores. Por vezes é um paradigma um bocadinho retórico e eu, um pouco também, em jeito de brincadeira, mais de uma vez já disse que o que me importa mais é saber como é que os professores refletiam antes que os universitários tivessem decidido que eles deveriam ser professores reflexivos. Identificar essas práticas de reflexão – que sempre existiram na profissão docente, é impossível alguém imaginar uma profissão docente em que essas práticas reflexivas não existissem – tentar identificá-las e construir as condições para que elas possam se desenvolver.

Eu diria que elas não são inerentes à profissão docente, no sentido de serem naturais, mas que elas são inerentes, no sentido em que elas são essenciais para a profissão. E, portanto, tem que se criar um conjunto de condições, um conjunto de regras, um conjunto de lógicas de trabalho e, em particular, e eu insisto neste ponto, criar lógicas de trabalho coletivos dentro das escolas, a partir das quais – através da reflexão, através da troca de experiências, através da partilha – seja possível dar origem a uma atitude reflexiva da parte dos professores. Eu disse e julgo que vale a pena insistir nesse ponto.

A experiência é muito importante, mas a experiência de cada um só se transforma em conhecimento através desta análise sistemática das práticas. Uma análise que é análise individual, mas que é também coletiva, ou seja, feita com os colegas, nas escolas e em situações de formação.

Salto: E o professor pesquisador?

Nóvoa – O professor pesquisador e o professor reflexivo, no fundo, correspondem a correntes diferentes para dizer a mesma coisa. São nomes distintos, maneiras diferentes dos teóricos da literatura pedagógica abordarem uma mesma realidade. A realidade é que o professor pesquisador é aquele que pesquisa ou que reflete sobre a sua prática. Portanto, aqui estamos dentro do paradigma do professor reflexivo. É evidente que podemos encontrar dezenas de textos para explicar a diferença entre esses conceitos, mas creio que, no fundo, no fundo, eles fazem parte de um mesmo movimento de preocupação com um professor que é um professor indagador, que é um professor que assume a sua própria realidade escolar como um objeto de pesquisa, como objeto de reflexão, com objeto de análise. Mas, insisto neste ponto, a experiência por si só não é formadora. John Dewey, pedagogo americano e sociólogo do princípio do século, dizia: “quando se afirma que o professor tem 10 anos de experiência, dá para dizer que ele tem 10 anos de experiência ou que ele tem um ano de experiência repetido 10 vezes”. E, na verdade, há muitas vezes esta idéia. Experiência, por si só, pode ser uma mera repetição, uma mera rotina, não é ela que é formadora. Formadora é a reflexão sobre essa experiência, ou a pesquisa sobre essa experiência.

Salto: A sociedade espera muito dos professores. Espera que eles gerenciem o seu percurso profissional, tematizem a própria prática, além de exercer sua prática pedagógica em sala de aula. Qual a contrapartida que o sistema deve oferecer aos professores para que isso aconteça?

Nóvoa – Certamente, nas entrelinhas da sua pergunta, há essa dimensão. Há hoje um excesso de missões dos professores, pede-se demais aos professores, pede-se demais as escolas.

As escolas, talvez, resumindo numa frase (...), as escolas valem o que vale a sociedade. Não podemos imaginar escolas extraordinárias, espantosas, onde tudo funciona bem numa sociedade onde nada funciona. Acontece que, por uma espécie de um paradoxo, as coisas que não podemos assegurar que existam na sociedade, nós temos tendência a projetá-las para dentro da escola e a sobrecarregar os professores com um excesso de missões. Os pais não são autoritários, ou não conseguem assegurar a autoridade, pois se pede ainda mais autoridade para a escola. Os pais não conseguem assegurar a disciplina, pede-se ainda mais disciplina a escola. Os pais não conseguem que os filhos leiam em casa, pede-se a escola que os filhos aprendam a ler. É legítimo eles pedirem sobre a escola, a escola está lá para cumprir uma determinada missão, mas não é legítimo que sejam uma espécie de vasos comunicantes ao contrário. Que cada vez que a sociedade tem menos capacidade para fazer certas coisas, mais sobem as exigências sobre a escola.

E isto é um paradoxo absolutamente intolerável e tem criado para os professores uma situação insustentável do ponto de vista profissional, submetendo-os a uma crítica pública, submetendo-os a uma violência simbólica nos jornais, na sociedade, etc. o que é absolutamente intolerável. Eu creio que os professores podem e devem exigir duas coisas absolutamente essenciais que são:

· Uma, é calma e tranqüilidade para o exercício do seu trabalho, eles precisam estar num ambiente, eles precisam estar rodeados de um ambiente social, precisam estar rodeados de um ambiente comunitário que lhes permita essa calma e essa tranqüilidade para o seu trabalho. Quer dizer, não é possível trabalhar pedagogicamente no meio do ruído, no meio do barulho, no meio da crítica, no meio da insinuação. É absolutamente impossível esse tipo de trabalho. As pessoas têm que assegurar essa calma e essa tranqüilidade.

· E, por outro lado, é essencial ter condições de dignidade profissional. E esta dignidade profissional passa certamente por questões materiais, por questões do salário, passa também por boas questões de formação, e passa por questões de boas carreiras profissionais. Quer dizer, não é possível imaginar que os professores tenham condições para responder a este aumento absolutamente imensurável de missões, de exigências no meio de uma crítica feroz, no meio de situações intoleráveis, de acusação aos professores e às escolas.

Eu creio que há, para além dos aspectos sociais de que eu falei a pouco – e que são aspectos extremamente importantes, porque no passado os professores não tiveram, por exemplo, os professores nunca tiveram situações materiais e econômicas muito boas, mas tinham prestígio e uma dignidade social que, em grande parte completavam algumas dessas deficiências – para além desses aspectos sociais de que eu falei a pouco e que são essenciais para o professor no novo milênio, neste milênio que estamos, eu creio que pensando internamente a profissão, há dois aspectos que me parecem essenciais. O primeiro é que os professores se organizem coletivamente – e esta organização coletiva não passa apenas, eu insisto bem, apenas pelas tradicionais práticas associativas e sindicais – passa também por novos modelos de organização, como comunidade profissional, como coletivo docente, dentro das escolas, por grupos disciplinares e conseguirem deste modo exercer um papel com profissão, que é mais ampla do que o papel que tem exercido até agora. As questões dos professorado enquanto coletivo parecem-me essenciais. Sem desvalorizar as questões sindicais tradicionais, ou associativas, creio que é preciso ir mais longe nesta organização coletiva do professorado.

O segundo ponto – e que tem muito a ver também com formação de professores – passa pelo que eu designo como conhecimento profissional. Isto é, há certamente um conhecimento disciplinar que pertence aos cientistas, que pertence às pessoas da história, das ciências, etc., e que os professores devem de ter. Há certamente um conhecimento pedagógico que pertence, às vezes, aos pedagogos, às pessoas da área da educação que os professores devem de ter também. Mas, além disso há um conhecimento profissional que não é nem um conhecimento científico, nem um conhecimento pedagógico, que é um conhecimento feito na prática, que é um conhecimento feito na experiência, como dizia há pouco, e na reflexão sobre essa experiência.

A valorização desse conhecimento profissional, a meu ver, é essencial para os professores neste novo milênio. Creio, portanto, que minha resposta passaria por estas duas questões: a organização como comunidade profissional e a organização e sistematização de um conhecimento profissional específico dos professores.

Salto: O senhor diz em um texto que a sua intenção é olhar para o presente dos professores, identificando os sentidos atuais do trabalho educativo. Em relação ao Brasil o que o senhor vê: o que já avançou na formação dos professores brasileiros e o que ainda precisa avançar?

Nóvoa – É muito difícil para mim e nem seria muito correto estar a tecer grandes considerações sobre a realidade brasileira. Primeiro porque é uma realidade que, apesar de eu cá ter vindo algumas vezes, que eu conheço ainda mal, infelizmente, espero vir a conhecer melhor e, por outro lado, porque não seria (...) da minha parte tecer grandes considerações sobre isso.

No entanto, eu julgo poder dizer duas coisas. A primeira é que os debates que há no Brasil sobre formação de professores e sobre a escola são os mesmos debates que se tem um pouco por todo mundo. Quem circula, como eu circulo, dentro dos diversos países europeus, na América do Norte e outros lugares, percebe que estas questões, as questões que nos colocam no final das palestras, as perguntas que nos fazem são, regra geral, as mesmas de alguns países para os outros. Não há, portanto, uma grande especificidade dos fatos travados no Brasil em relação a outros países do mundo e, em particular, em relação a Portugal.

Creio que houve, obviamente, avanços enormes na formação dos professores nos últimos anos, mas houve também grandes contradições. E a contradição principal que eu sinto é que se avançou muito do ponto de vista da análise teórica, se avançou muito do ponto de vista da reflexão, mas se avançou relativamente pouco das práticas da formação de professores, da criação e da consolidação de dispositivos novos e consistentes de formação de professores. E essa decalagem entre o discurso teórico e a prática concreta da formação de professores é preciso ultrapassá-la e ultrapassá-la rapidamente. Devo dizer, no entanto, também, que se os problemas são os mesmos, se as questões são as mesmas, se o nível de reflexão é o mesmo, eu creio que a comunidade científica brasileira está ao nível das comunidades científicas ou pedagógicas dos outros países do mundo. Se essas realidades são as mesmas é evidente que há um nível, que eu diria, um nível material, um nível de dificuldades materiais, de dificuldades materiais nas escolas, de dificuldades materiais relacionadas com os salários dos professores, de dificuldades materiais relacionadas com as condições das instituições de formação de professores que são, provavelmente, mais graves no Brasil do que em outros países que eu conheço.

Terão aqui, evidentemente, problemas que têm a ver com as dificuldades históricas de desenvolvimento da escola no Brasil e das escolas de formação de professores e que, portanto, é importante enfrentá-los e enfrentá-los com coragem e enfrentá-los de forma não ingênua, mas também de forma não derrotista. Creio, por isso, que devemos perceber que no Brasil, como nos outros países, as perguntas são as mesmas, as nossas empolgações são as mesmas, mas é verdade que há aqui por vezes dificuldades que eu chamaria de ordem material, maiores do que as existem em outros países e que é absolutamente essencial que com a vossa capacidade de produzir ciência, com a vossa capacidade de fazer escola e com a vossa capacidade de acreditar como educadores possam ultrapassar essas dificuldades nos próximos anos. E esses são, sinceramente, os meus desejos e na medida que meu contributo, pequeno que ele seja, possa ser dado, podem, evidentemente, contar comigo para essa tarefa.

fonte:http://www.tvebrasil.com.br/SALTO/entrevistas/antonio_novoa.htm

domingo, 23 de outubro de 2011

DIFICULDADES NA LEITURA


As diversas dificuldades na prática da leitura.
A dificuldade em realizar a leitura é tida como um dos maiores obstáculos enfrentados pelos alunos. Preocupados com essa questão, vários educadores estão em busca de o melhor caminho a seguir, contribuindo para um melhor desenvolvimento da leitura.

Segundo pesquisas, as escolas estaduais apresentam maior índice em relação à dificuldade com a leitura, porém, vale ressaltar que acontece em todas as instituições de ensino independente do segmento (público ou particular).

É de suma importância para lidar com esta situação, enquanto educadores, ter a consciência de que as dificuldades apresentadas na leitura estão intensamente ligadas ao desenvolvimento das habilidades na escrita provenientes de alterações ou erros de sintaxe, estruturação, organização de parágrafos, pontuação, bem como todos os elementos necessários para a composição do texto.

Partindo desse pressuposto, segue algumas sugestões de estratégias a serem aplicadas de forma que venha facilitar o desempenho no processo de leitura que os alunos apresentam em sala de aula:

• Procure fazer um momento de divisão para leitura, sendo que durante a aula metade do tempo seja dedicado à leitura prazerosa, onde cada um lê o que é de seu interesse, e a outra parte seja voltada para a prática da leitura voltada para o desenvolvimento de conteúdos;

• A escola pode promover campanhas de incentivo à leitura, estimulando os alunos a lerem. Por exemplo: gibis como forma de leitura e entretenimento;


• Trabalhar na análise e decomposição de frases escolhendo palavras segmentando-as em sílabas e fonemas, intervindo na memória, passando de memorização à memória de longo prazo. Vale ressaltar que não deve ser realizada de forma mecânica ou descontextualizada, por exemplo, f e v são vagos quando isolados, mas quando proposto em palavras (faca ou vaca) já permitem um maior entendimento, o que facilita a aprendizagem;
 O professor traz dentro dele toda uma história de vida, todas as influências de seu grupo sócio-econômico, crenças e mitos familiares de pelo menos três gerações, as influências do clima de trabalho que vivencia, sua relação com colegas de trabalho, seu estado emocional, quando entra em sala-de-aula.